sexta-feira, 5 de junho de 2015

O outro “empecilho” que me faz ser desejante e não tentante...



Bom, eu já disse que existe o empecilho grana, criado pelo marido, certo? Há quem diga que é uma fuga dele para não ter que dizer em alto e bom som que está com medo da mudança, mas nem vou entrar nesse mérito porque há o outro empecilho que me faz ser desejante e não tentante...
Em março deste ano eu tive uma trombose venose profunda na veia femoral e uma embolia pulmonar. O negócio foi muito grave e eu realmente teria morrido, se tivesse chegado a minha hora... hahahahhaha
Não, sério! Foi grave mesmo, o médico disse que eu podia ter tido uma morte súbita.
Como vocês podem notar, aqui estou! Porém, não estou “curada” ainda, digamos assim...
Fiquei 3 semanas deitada com as pernas elevadas acima da cabeça (só podia me levantar para ir ao banheiro e tomar banho), tomei anticoagulante por 3 meses e nesse meio tempo decidi que assim que possível iria a um obstetra para me preparar para gestar.
A minha primeira consulta com o obstetra foi mês passado e foi a também a primeira vez que falei em voz alta para alguém que não fosse o meu marido: Quero engravidar!
Uiiii... me deu até um gelo na espinha. Eu vou mesmo fazer isso! Não sei quando ainda, mas vou! Isso já são outros quinhentos...
Voltando à primeira consulta com o obstetra: ele me passou segurança, mas não me autorizou a iniciar os treinos devido à trombose Orientou-me a ter a liberação do vascular, para depois começar a tentar devido à gravidade da minha lesão. Quanto à minha idade e à qualidade dos meus folículos, ele disse que por enquanto não tenho com o que me preocupar, pois tudo indica que eu esteja bem, sadia e fértil e que o normal é um casal tentar por até um ano, antes de considerar que estão tendo problemas com a fertilidade.
Lá fui eu no vascular com a minha listinha de dúvidas (a louca da lista!):
A) Quanto tempo de tratamento?
Resposta: 6 meses, faltam 3 - que completará em setembro, pois os coágulos ainda estão no meu organismo. A trombose foi muito extensa e minha perna ainda apresenta um pouco de inchaço.
B) Quanto tempo para que eu possa engravidar?
Resposta: Mais 3 meses para completar o tratamento.
C) Precisarei de algum cuidado especial se engravidar?
Resposta: Só se eu for trombofílica. Neste caso será uma gravidez de risco, o pré natal terá que ser ainda mais minucioso e terei que tomar as famosas injeções diárias na barriga.
D) Tem como saber se eu tenho trombofilia?
Resposta: Sim, pelo SAAF, mas só posso fazê-lo no término do tratamento, pois agora daria interferência no resultado.
E) Por que mulheres com trombifilia abortam?
Resposta: Porque podem ter a trombose placentária (gerando o risco ao feto, não tanto à gestante), sempre é uma gestação de risco e o parto normal não é uma opção. É necessário um parto programado (cesárea).
F) Há algum anticoagulante que não apresente risco se eu engravidar durante o tratamento?
Resposta: Sim, as injeções diárias na barriga...
G) Há necessidade de realizar outro doppler?
Resposta: Por enqto nenhum outro exame. Retorno em agosto.
E essa foi a minha consulta com o angiologista/vascular.
Só posso começar a tentar após o exame que deve ser feito em setembro e... que Deus me ajude. Enquanto isso, sou apenas uma desejante.
E ponto pro marido que ganhou mais um tempinho para se adaptar à ideia da paternidade!

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