segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Um belo dia resolvi mudar...



Segunda-feira, dia oficial de colocarmos em prática todas as decisões (voltar a estudar, parar de fumar, começar a dieta etc), não vou fugir à regra.
Nos últimos dias, dentre tantas reflexões, tenho pensado também sobre minha autoestima... Estou precisando melhorá-la. Ando desgostosa com minha aparência. Me achando gorda, feia, sem graça.
Primeiro decidi emagrecer e, para isso, voltarei pra academia.
Depois vou voltar para o cabelo loiro, loiríssimo.
Preciso me cuidar mais! Vinha adiando tudo pensando na futura gravidez (que até agora, nada!).
Há mais de um ano parei de tingir o cabelo para "dar um tempo na química', mas faz meses que vinha pensando em voltar pro loiro...
Porém, sempre pensava: "ah, mas não quero química no meu organismo qdo engravidar..."
E sempre seguindo o mesmo raciocínio, sobre voltar pra academia, essa era a minha linha de pensamento: "vou  guardar esse dinheiro pro bebê, mesmo pq não posso fazer um pacote semestral pq qdo engravidar, vai estar pago e não farei exercícios no primeiro trimestre..."
E a loucura não parava aí, não... Sobre emagrecer eu pensava: "ah... não vou me preocupar com isso agora. Durante a amamentação eu vou emagrecer e depois faço uma recauchutagem no que for preciso..." 
E por aí vai... tudo condicionado ao "e se", ao futuro, a algo que não depende apenas de mim.

Chega!

Não é justo comigo, nem mesmo com meu marido, com meu casamento eu agir assim! Se não estou gostando do que estou vendo no espelho, vou mudar! Mudar o cabelo, mudar o corpo, mudar o guarda-roupa. Os 35 anos chegaram impiedosos. A lei da gravidade está agindo, especialmente nos meus peitos. Vou mudar. Sem condicionar à possível gravidez no próximo ciclo!
Sem pensar que grávida pode tingir desde que a uma distância segura da raiz.
Sem vincular o emagrecimento a algum auxílio para engravidar.
Se quiser colocar silicone ou levantar os peitos, vou fazer sem pensar que pode ser em vão após a amamentação.
Apenas por mim. Pela minha auto-estima. Pelo reflexo que encaro todos os dias no espelho do banheiro. Pela lingerie sexy que não quero mais usar pq deixa a gordurinha dos flancos em evidência. Por aquela calça linda que não fecha mais. Por mim! Pelo meu marido. Por nós dois. E só!
Aqui cabem apenas alguns adendos: cada um sabe de si e é feliz à sua maneira. Eu não estou feliz com minha imagem e ponto. Não estou dizendo que tem que ser assim ou assado para ser bonita. E para o meu marido eu estou ótima como estou (palavras dele). Apenas sinto que posso e desejo melhorar. Por mim e por ele! E isso não significa que eu esteja desistindo do meu sonho de ser mãe, apenas que continuarei seguindo com a minha vida normalmente, enquanto o positivo não vem.
Logo eu que meses atrás preguei o ESPERAR VIVENDO, acabei esperando vendo a vida passar por mim como mera espectadora... Vou mudar! Alguém se anima a vir comigo?  

Como parar de pensar em algo que desejo tanto?

Oi Gente!!! Como vocês estão?
Bom... a tentativa de abstrair a ideia de gravidez falhou. Será que alguém reparou? kkkkk Quem me segue no instagram, com certeza notou... rsrsrs
Parei de falar, mas não de escrever, pensar e, consequentemente, postar a respeito lá no IG.
Gente, não dá para NÃO pensar. Não existe um botão OFF que nos permita desligar esse sentimento desesperador.


Dá para falar menos a respeito com o marido, amigos e familiares? Dá sim! Embora eu efetivamente só falasse mesmo com o marido e as "guerreiras amigas", assim denominado o grupo de mulheres do instagram que batalham pelo mesmo sonho...
Valeu a pena tentar. Vi que é impossível deixar para lá ou não pensar em algo que desejo tanto. Dá pra me ocupar com outras coisas, mas não dá pra esquecer.
Aproveitei e me questionei durante essas semanas (2 ciclos, afinal é assim que me pego contando o tempo)... Questionei tantas coisas! Meu relacionamento, minhas finanças, meu físico para aguentar o pique de uma criança aos quase 40 (considerando qdo ela começará a correr por tudo), minha paciência nos dias em que estiver cansada ou com enxaqueca, minha disposição de abdicar da nossa vida confortável e descompromissada, sem rotina, sem hora para dormir ou acordar... Questionei TUDO! Fiquei questionando porque, sinceramente, seria MUITO mais simples se eu voltasse atrás. Se eu optasse pela zona de conforto e desistisse da ideia de ter um filho.
Mas não dá mais. Não é algo que dê para eu voltar atrás. Posso sair do grupo do whatsapp, posso parar de falar a respeito, posso tentar não pensar, mas não dá para deixar de sentir!
Dentre todos questionamentos, concluí que muita coisa vai mudar se tivermos um filho e só vivendo para saber  exatamente o que mudará, mas também enxergo que valerá a pena cada segundo. O cansaço certamente baterá. As costas podem travar. A paciência se esgotar. Pode até ser que num momento de fraqueza eu questione: pq fui inventar de ter filho? Pode ser... sou humana. Sou sedentária e adoro me jogar no sofá para uma maratona de séries com um balde de pipoca. Me julguem!
Porém, sei (não sei como, mas sei) que ainda nesses momentos, um sorriso, um chamego, uma palavrinha falada errada que seja vai afastar imediatamente todo e qualquer questionamento me fazendo ter a certeza de que nasci para desempenhar a maternidade. Como sei? Não saberia explicar, mas sinto isso... A conclusão é mesmo de que é impossível desistir de algo que não consigo ficar ao menos um dia sem pensar. Que Deus me guie e ao meu marido e que nos dê sabedoria, amor e garra.