domingo, 5 de julho de 2015

Novas regras da ANS dificultam a cesárea em planos de saúde

Entrará em vigor nesta segunda-feira, dia 06/07, uma resolução da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que estabelece normas para estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas consideradas desnecessárias.
Atualmente o índice de cesáreas é de 85% em procedimentos realizados pelas operadoras de planos de saúde, contra 40% na rede pública.
As novas regras incluem a obrigação dos obstetras para utilizarem o partograma (documento gráfico onde são feitos registros de tudo o que acontece durante o trabalho de parto, objetivando apurar se a cesárea foi realizada sem necessidade e acabar com as cesáreas agendadas). Caso não preencham o partograma, deverão justificar a impossibilidade de sua elaboração, em relatório médico detalhado, sem o qual o procedimento não será pago pelas operadoras de planos de saúde.
As novas regras, além de ampliarem o acesso à informação pelas consumidoras de planos de saúde, que poderão solicitar às operadoras os percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais por estabelecimento de saúde e por médico, implantarão o cartão da gestante, definido pelo Ministério da Saúde, no qual deverá constar o registro de todo o pré-natal a fim de que qualquer profissional de saúde tenha conhecimento de como se desenvolveu a gestação, facilitando um melhor atendimento à mulher quando ela entrar em trabalho de parto. O cartão deverá conter também a carta de informação à gestante, com orientações e informações para que a mulher tenha condições de tomar decisões durante o período pré e pós-natal.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1651598-novas-regras-dificultam-cesareas-em-plano-de-saude-a-partir-desta-segunda.shtml
Há algumas semanas contei no Instagram (@tentante35) que o obstetra com o qual me identifiquei não faz partos através da operadora de saúde a que sou conveniada. Portanto, se eu o quiser como meu médico no parto, seja ele cesárea ou normal, teria que ser particular. Quando indaguei o motivo de ele não fazer partos pelo Convênio a resposta foi que o pagamento pelo parto realizado pela operadora de saúde é irrisório para quem está com duas vidas depositadas em suas mãos.
Com relação a essa nova medida da ANS, a minha opinião é de que o parto normal deve ser estimulado sim! Acho digno. Mas de forma alguma deve ser imposto. O corpo é nosso. Quem decide o tipo de parto que pretende ter é, deve e tem que ser a gestante!
As opções têm que estar disponíveis para que ela, e somente ela, lance mão daquela que a deixará mais confiante, tranquila e segura para receber a nova vida que lhe será entregue.

No meu caso, por exemplo, que tudo indicava já ser difícil encontrar um médico pela operadora de saúde em virtude da gravidez de risco, agora então, com todas essas regras: partograma, na sua ausência, relatório médico detalhado, correndo o risco de não ter o procedimento pago pela operadora, será que os médicos irão mesmo continuar a realizar os partos pelo Convênio? E o que mais me preocupa, ainda que o façam, o farão com a boa vontade necessária para se trazer uma vida ao mundo?

3 comentários:

  1. Também ando acompanhando toda essa história dos partos... Realmente não concordo com a forma que encontraram de "estimular" a volta do parto normal... Acho que invés de complicar as coisas e tornar tudo burocrático, deviam investir em passar mais informações do porque o parto normal deve ser estimulado e tal.

    Mas antes de decidir parto e opinar sobre partos, preciso primeiro encomendar o baby hehe

    mom
    http://aguardandodestino.blogspot.com.br/

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. hahahahahah Pois é!!!! Primeiro encomendamos o baby, depois polemizamos o parto! rsrsrs Beijos

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