Entrará em vigor nesta segunda-feira, dia 06/07, uma
resolução da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que estabelece normas
para estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas consideradas
desnecessárias.
Atualmente o índice de cesáreas é de 85% em procedimentos
realizados pelas operadoras de planos de saúde, contra 40% na rede pública.
As novas regras incluem a obrigação dos obstetras para utilizarem
o partograma (documento gráfico onde são feitos registros de tudo o que
acontece durante o trabalho de parto, objetivando apurar se a cesárea foi
realizada sem necessidade e acabar com as cesáreas agendadas). Caso não
preencham o partograma, deverão justificar a impossibilidade de sua elaboraçã o,
em relatório médico detalhado, sem o qual o procedimento não será pago pelas
operadoras de planos de saúde.
As novas regras, além de ampliarem o acesso à informação
pelas consumidoras de planos de saúde, que poderão solicitar às operadoras os
percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais por estabelecimento de
saúde e por médico, implantarão o cartão da gestante, definido pelo Ministério
da Saúde, no qual deverá constar o registro de todo o pré-natal a fim de que qualquer
profissional de saúde tenha conhecimento de como se desenvolveu a gestação,
facilitando um melhor atendimento à mulher quando ela entrar em trabalho de
parto. O cartão deverá conter também a carta de informação à gestante, com
orientações e informações para que a mulher tenha condições de tomar decisões
durante o período pré e pós-natal.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1651598-novas-regras-dificultam-cesareas-em-plano-de-saude-a-partir-desta-segunda.shtml |
Há algumas semanas contei no Instagram (@tentante35) que o
obstetra com o qual me identifiquei não faz partos através da operadora de
saúde a que sou conveniada. Portanto, se eu o quiser como meu médico no parto,
seja ele cesárea ou normal, teria que ser particular. Quando indaguei o motivo
de ele não fazer partos pelo Convênio a resposta foi que o pagamento pelo parto
realizado pela operadora de saúde é irrisório para quem está com duas vidas depositadas
em suas mãos.
Com relação a essa nova medida da ANS, a minha opinião é de
que o parto normal deve ser estimulado sim! Acho digno. Mas de forma alguma deve
ser imposto. O corpo é nosso. Quem decide o tipo de parto que pretende ter é,
deve e tem que ser a gestante!
As opções têm que estar disponíveis para que ela, e somente
ela, lance mão daquela que a deixará mais confiante, tranquila e segura para
receber a nova vida que lhe será entregue.
No meu caso, por exemplo, que tudo indicava já ser difícil
encontrar um médico pela operadora de saúde em virtude da gravidez de risco, agora
então, com todas essas regras: partograma, na sua ausência, relatório médico
detalhado, correndo o risco de não ter o procedimento pago pela operadora, será
que os médicos irão mesmo continuar a realizar os partos pelo Convênio? E o que
mais me preocupa, ainda que o façam, o farão com a boa vontade necessária para se trazer uma vida ao mundo?
Também ando acompanhando toda essa história dos partos... Realmente não concordo com a forma que encontraram de "estimular" a volta do parto normal... Acho que invés de complicar as coisas e tornar tudo burocrático, deviam investir em passar mais informações do porque o parto normal deve ser estimulado e tal.
ResponderExcluirMas antes de decidir parto e opinar sobre partos, preciso primeiro encomendar o baby hehe
mom
http://aguardandodestino.blogspot.com.br/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirhahahahahah Pois é!!!! Primeiro encomendamos o baby, depois polemizamos o parto! rsrsrs Beijos
ResponderExcluir